Essa escola linguística possui várias vertentes, a européia e a americana.
O ESTRUTURALISMO EUROPEU
A maior referência do estruturalismo europeu, foi Ferdinand de Saussure. Essa vertente estruturalista se baseia em dois princípios: o da estrutura e o da autonomia.
Segundo o princípio da estrutura, temos que os elementos de uma língua só podem ser propriamente caracterizados a partir da organização global que integram, ou seja, as unidades não são independentes do sistema, pertencendo à uma estrutura, sendo que existe uma interdependência entre essas unidades.
O princípio da autonomia, por outro lado, propõe que a organização de uma língua se dá internamente, isto é, é um dado original, não podendo ser obtida a partir de outra ordem de fatores externos psicológicos, sociológicos, históricos, culturais e etc.. Assim sendo, a língua não é uma etiqueta do real.
Utilizavam-se do método dedutivo, ou seja, hipotético, a partir do qual se formulavam hipóteses (teorias), buscando dados para confirmar ou não tal hipótese. Ia-se do geral ao particular. Além disso, o estruturalismo europeu tinha como corpus as línguas da antiguidade (latim, grego, sânscrito..).
O ESTRUTURALISMO AMERICANO
Sua maior referência foi Bloomfield, que pregava que o estudo da língua só se dava por meio do estudo da fala das pessoas.
O estruturalismo Bloomfieldiano também se baseia em dois princípios, o do indivíduo e o da substãncia.
O princípio do indivíduo destaca a importância do corpus na possibilidade de estudar-se a língua. Já o da substância prega que os fenômenos devem ser materialmente analisáveis para serem levados em conta.
Os americanos utilizavam o método indutivo, a partir do qual parte-se de uma observação prévia para se fazer uma análise, ou seja, parte-se do particular ao geral.
Além disso, um dos maiores objetivos do estruturalismo americano era tentar descrever as línguas ágrafas dos índios norte-americanos, ou seja, havia um interesse político se relacionando com a ciência linguística.